sábado, 26 de abril de 2014

NIHON BUNDAN: HERU DORAIBÂ

(NIHON BUNDAN: HERU DORAIBÂ)
Japão - 2010
Dir.: Yoshihiro Nishimura


Provavelmente um dos mais loucos filmes sobre zumbis já feito.
Meteoro cai na Terra e as cinzas se espalham, infectando o norte do Japão e transformando a população em zumbis. Como solução, o governo constrói um muro dividindo o país, e os sobreviventes fogem para Tóquio, que fica superpovoada, com até 3 famílias dividindo a mesma casa.
Falando assim, parece "normal", mas: os zumbis tem uma espécie de chifre, que é extraído para ser usado como droga e ainda é explosivo; tudo é exagerado, com sangue espirrando aos borbotões; zumbis usam serras elétricas; o meteoro cai em uma mulher, que fica com um buraco no peito: ela simplesmente arranca o coração de outra e enfia em seu peito; tem escatologia, com direito a baratas fritas.
E tem mais: um bar frequentado pelos mortos vivos, com direito a música e dança; uma zumbi que parece a deusa Shiva; a heroína usa uma espécie de espada-serra-elétrica; um carro e um avião zumbis, feitos dos corpos (!!); uma morta viva que usa um bebê zumbi como arma, girando-o pelo cordão umbilical;  além de inúmeras cenas indescritíveis de tão absurdas e sem sentido que são.
O diretor é responsável pelos efeitos de "Ekusute" e "Tokyo Gore Police", por exemplo, além de ter dirigido o último episódio de "The ABC's Of Death", aquele aonde uma mulher lança legumes pela vagina, em uma luta contra outra que usa um pênis imenso.
As apresentações do governo sobre a infecção são impagáveis: uma mulher usando roupas eróticas e depois um desenho de um bonequinho, preso na ponta de um espeto de madeira. A coisa segue com um ataque, na verdade uma chuva, de cabeças zumbis, enviadas por uma espécie de rainha zumbi.
O ritmo é obviamente acelerado, embora algumas sequências se arrastem mais do que deveriam. Pra quem curte o filmes totalmente insanos, esse é ótima pedida.

sábado, 19 de abril de 2014

O SANTUÁRIO

(THE SHRINE)
Canadá - 2010
Dir.: Jon Knautz


Carmen, jornalista, é designada para uma matéria que considera sem importância, quando ela queria investigar o desaparecimento de um jovem em um passeio pelo interior da Polônia.
Determinada, ela procura a mãe do desaparecido, lê seu diário e parte, junto do namorado fotógrafo e de uma colega de trabalho, para a Polônia.
Ao chegar à pequena aldeia aonde o sujeito desapareceu eles não são bem recebidos, são ameaçados e expulsos ao tentarem se aproximar de uma misteriosa névoa que parece fixa em um determinado lugar, citada pelo cara em seu diário.
Obviamente eles vão voltar, e as mulheres entram na névoa, encontrando uma estátua sinistra no local. Depois disso são presos e vão descobrir que segredo os moradores do lugar escondem.
Viajantes passando perrengue em terra estrangeira não são novidade nos filmes de terror, e o filme não tem nada de inovador.
A produção é legal, o ritmo é bom e termina por ser bom passatempo.

domingo, 13 de abril de 2014

VANISHING WAVES

(VANISHING WAVES)
Lituânia \ França \ Bégica - 2012
Dir.: Kristina Buožytė


Lukas participa de um projeto que visa conectar sua mente à de uma paciente em coma. Logo na primeira conexão ele trava contato com Aurora, a moça em coma, e ele desenvolve uma misto de obsessão e paixão por ela pois em todos os contatos subsequentes os 2 acabam transando.
Assim, a vida virtual com Aurora se torna mais interessante que a real e Lukas começa a descobrir sobre o passado da comatosa, que teria tentado o suicídio.
Filme vindo de um país sem tradição no ramo sci-fi, é curioso, embora pareça faltar assunto para 120 minutos de duração. Tem pelo menos uma cena maneiríssima aonde, em uma orgia, os corpos se fundem formando uma bizarra escultura surreal viva.

sábado, 5 de abril de 2014

EXPRESSO DO AMANHÃ

(SNOWPIERCER)
Coréia / EUA / República Tcheca / França - 2013
Dir.: Joon-ho Bong



Quando um experimento para acabar com o aquecimento global dá errado, a Terra entra em uma nova era glacial e os poucos sobreviventes são reunidos em um lugar inusitado: um trem gigantesco, fruto da obsessão de um milionário megalomaníaco, e que leva um ano para cruzar o planeta, percorrendo 438.000 km, em meio ao gelo e cidades abandonadas.
A estrutura social lembra muito a de alguns países do antigo terceiro mundo: miséria e abandono total na cauda, e luxo, fartura e conforto na parte da frente (uma horizontalização simplória da pirâmide social)
Cansados da condição miserável em que vivem, os da parte de trás, liderados por Curtis (Chris Evans) e Gilliam (John Hurt) bolam um plano para tomar o controle do trem e subverter a ordem vigente.
Trama absurda (típica dos filmes apocalípticos da década de 80), em um filme B superproduzido e dirigido pelo diretor de "The Host", em seu primeiro filme em inglês, baseado em uma graphic novel francesa.
O trem é um show de cenografia: tem a parte miserável, um vagão-aquário, outros são um jardim, parque aquático, danceteria, salas de aula, etc.
O elenco é estelar: Evans, Hurt, a musa Tilda Swinton em um papel que lembra muito Jonny Depp em "A Fantástica Fabrica de Chocolates", Jamie Bell e Ed Harris.
É tudo muito ágil, com algumas cenas de luta com clara influência do cinema oriental, muita pompa, violência, mas que não chega a lugar nenhum. Se se levasse menos a sério, abandonasse a explicação idiota sobre a revolta na parte final, e se assumisse como filme B, talvez fosse mais divertido.