sábado, 28 de dezembro de 2013

LAST DAYS ON MARS

(LAST DAYS IN MARS)
Inglaterra / Irlanda - 2013
Dir.: Ruairi Robinson


Depois de 6 meses explorando Marte sem nenhum sucesso, a equipe de exploração se prepara para voltar à Terra, frustrada, sem nada ter descoberto, até que no último momento eles tem a infelicidade de encontrar alguma espécie de bactéria.
Um dos cientista morre durante a descoberta, e a danada da bichinha o contamina, contaminando outra pessoa em seguida e assim sucessivamente até instalar o terror na base espacial.
Original né? Poderia ser chamado de "Zumbis No Espaço" ou "Mortos Vivos de Marte", porque a trama é absolutamente igual a tudo que se viu no gênero desde que o primeiro zumbi surgiu nas telas de cinema. Bem, é verdade que aqui não se tenta uma bala na cabeça para solucionar o problema, mas não faz diferença, diante da falta de criatividade do roteiro.
Tem elementos de "Extermínio", "Prometheus", "Alien", "O Planeta Vermelho", "Fantasmas De Marte", gente trancada com os zumbis tentando entrar, e pra quem conhece cinema de terror, de "O Planeta Dos Vampiros", aquele filme de Mario Bava que "inspirou" o "Alien" de Ridley Scott.
Além disso, o roteiro também deixa algo estranho no ar: a tal bactéria contamina seu hospedeiro, e esses se tornam violentos, se voltando contra os vivos, ou não contaminados. Em uma cena parece que os contaminados procuram água, mas isso não fica claro e em nenhum momento há ataques de canibalismo, como nos zumbis clássicos, a bem da verdade.
Embora mortos, os contaminados parecem ter atitudes inteligentes como usar armas e destruir estruturas vitais da estação. Para que? O tal organismo era inteligente? Usava a inteligência do hospedeiro? Então porque não tentar fugir para a Terra, como no filme de Bava?
Resumindo, um filme um tanto confuso, porque passa a idéia de zumbis sem um objetivo, digamos assim e nada apresenta de novo, além da boa cenografia.

sábado, 21 de dezembro de 2013

O FIM DA CIVILIZAÇÃO

(O-BI, O-BA - KONIEC CYWILIZACJI)
Polônia - 1985
Dir.: Piotra Szulkina


Filme distópico sobre um pós-hecatombe nuclear, aonde um grupo de pessoas esfarrapadas sobrevive em um abrigo subterrâneo, esperando por uma "arca" que os levaria para um outro abrigo, em melhores condições.
O lugar é infecto, quase não há comida e as pessoas vivem do sonho de escapar na tal arca - uma ficção, quase uma religião entre os sobreviventes, que parecem a beira da loucura: um junta colchões para não se machucar na falta de gravidade quando a arca for para o espaço; outros praticam escalada em cordas, achando que assim vão conseguir entrar na nave.
Pra complicar a situação, a abóbada que protege o abrigo está se partindo, o que exporia os sobreviventes ao inverno nuclear do lado de fora.
O visual é aquele típico dos filmes do leste europeu quando tratam de sic-fi: cenários reais, que deveriam ter sido fábricas ou coisa semelhante, pouca iluminação, desesperança, alguma filosofia e divagações.
A produção também pega carona no vício dos anos 80, com direito a neón e lâmpadas florescentes para gerar clima de frieza e desesperança, mas é o retrato da época, e os cineastas da região também pegaram carona no costume ocidental.
Obviamente, não é filme para qualquer público.

sábado, 14 de dezembro de 2013

PENUMBRA

(PENUMBRA)
Argentina - 2011
Dir.: Adrián García Bogliano / Ramiro García Bogliano


Marga viaja da Espanha para a Argentina para vender uma antiga propriedade da família, e ao chegar encontra os compradores no apartamento.
Seguem-se alguns contratempos e enquanto isso novos personagens entram em cena, relacionados à parte vendedora, até que Marga se vê no meio de algum tipo de religião que escolheu o local para alguma cerimônia ritualística.
Começa meio confuso e arrastado, com direito à muita reclamação de Marga contra seu país natal, até uma virada interessante e um ótimo final.
O co-diretor Adrián gosta de personagens esquisitos, vide "Sudor Frío", mas aqui acerta principalmente na parte final, aonde os mais impacientes talvez não consigam chegar.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

VAMP - A NOITE DOS VAMPIROS

(VAMP)
EUA - 1986
Dir.: Richard Wenk


Um drink no inferno.
3 manés decidem contratar uma stripper para animar a festa de sua fraternidade na faculdade, e viajam para uma região meio barra pesada da cidade.
Depois de se meterem em confusão com um bando liderado por Snow (Billy Drago, disfarçado de albino) eles chegam à um inferninho aonde se apresenta Katrina, uma vampira aparentemente vinda do Antigo Egito e que tem o hábito de lanchar os frequentadores do lugar, dando preferência aos solitários, para não despertar suspeitas.
Só que por engano, um dos três amigos vira lanche para Katrina e agora os outros, ajudados por uma das dançarinas, precisam fugir do lugar.
Tirando a cena em que Grace Jones- que interpreta Katrina sem dizer uma palavra - protagoniza uma dança esquisita, nada aqui é muito digno de entrar para a história do cinema.
Ombreiras, tentativa de iluminação estilosa, glitter no cabelo e várias referências dos anos 80 servem como curiosidade em uma produção de roteiro fraquinho e mal desenvolvido.
Um ancestral direto do filme daquele diretor pretencioso, como se pode perceber pela trama.