sábado, 27 de julho de 2013

GO GOA GONE

(GO GOA GONE)
Índia - 2013
Dir.: Krishna D.K. / Raj Nidimoru


Comédia de zumbis passada na Índia, um dos poucos lugares aonde, aparentemente, a praga ainda não tinha chegado.
Trio de amigos viaja para Goa, ex-colônia portuguesa na Índia, para que um deles cure sua dor de cotovelo.
Em um resort de luxo, eles são convidados para uma mega rave patrocinada pela máfia russa em uma ilha, aonde são servidas drogas à vontade, drogas essas que seriam as responsáveis pelo ataque de zumbis, transformando os convidados em mortos vivos.
Tem muita música, como em todo filme indiano de qualquer gênero, uma produção bem cuidada e direção esperta.
Só que a mistura de comédia e terror sobre zumbis meio que deu o que tinha que dar e o filme acaba se tornando longo demais e perdendo muito tempo com as desventuras dos 3 antes do ataque dos mortos.
"Juan de Los Muertos", terrir cubano sobre o mesmo tema é mais feliz, por fazer uma crítica contundente à sociedade cubana à partir de um tema batido. Aqui, o único momento em que as diferenças culturais vêm à tona é quando uma personagem diz que "zumbis não fazem parte do imaginário indiano", ao que outra responde que "é a globalização". Personagens femininas com pinta de figurantes de filmes adolescentes americanos também reforçam a idéia de um terror "globalizado", o que surpreende (ou decepciona) quem espera uma Índia mais tradicional.

sábado, 20 de julho de 2013

A CASA DO DIABO

(THE HOUSE OF THE DEVIL)
EUA - 2009
Dir.: Ti West


Universitária é contratada para tomar conta de uma mulher idosa durante uma noite de eclipse enquanto a família vai sassaricar, só que eles escondem um segredinho, que nem é tão segredinho, como entrega o título do filme.
Passado na década de 80, é claramente inspirado nas obras do anos 70, aonde os filmes tinham mais história e menos efeitos, da mesma forma como o diretor viria a fazer no posterior, e inferior, "The Inkpeers".

sábado, 13 de julho de 2013

247°F

(247°F)
Geórgia - 2011
Dir.: Levan Bakhia / Beqa Jguburia


Produção de uma das ex-Repúblicas Soviéticas, aonde um grupo de amigos viaja para uma cidadezinha, para uma festividade qualquer.
Enquanto não chega a hora de ir pra tal festa, eles resolvem fazer uma sauna, depois de tomar uns tragos.
Acidentalmente, 3 deles ficam presos no negócio, enquanto o outro cai de bêbado.
Demora muito a engrenar, e a idéia estapafúrdia é tratada como qualquer filme aonde as pessoas são colocadas em situações limites, como aqueles casos aonde tem que enfrentar animais, ou se perdem na selva, ou são trancafiados por psicopatas: uns tentam manter a calma, outros se desesperam e fazem bobagens, e todos brigam entre si.

sábado, 6 de julho de 2013

CARTAS DE UM HOMEM MORTO

(PISMA MYORTVOGO CHELOVEKA)
URSS - 1986
Dir.: Konstantin Lopushanskyi


Pós apocalíptico filme soviético, aonde os sobreviventes se refugiam da radiação em bunkers, esperando por um futuro que certamente nunca chegará.
O personagem principal é o diretor de um museu, que vive num dos bunkers e se incube de cuidar de algumas crianças, cuja entrada foi proibida em uma área guardada pelo governo. O título faz referência as cartas que ele escreve para o filho, provavelmente morto durante os ataques nucleares (o filme até dá a entender que tudo começa acidentalmente).
Como é um filme da antiga URSS, (lembra um pouco o americano "The Day After", de 83) obviamente há um enfoque filosófico, com personagens divagando sobre a humanidade e uma citação pacifista no fim.
O filme não tem cor, apenas uma fotografia esmaecida em tom de sépia, na maior parte do tempo, e azulada em algumas outras cenas e uma câmera que às vezes parece fora de  foco, o que aumenta a estranheza do filme. Impressionam os cenários de destruição aonde o filme se passa (lembra muito "Stalker", de Tarkovsky) e o que não mostra: em uma cena o diretor do museu vai à um hospital, à procura do filho e entra na ala infantil. A câmera apenas filma seu rosto, horrorizado, enquanto se ouvem os gritos desesperados das crianças queimadas sendo socorridas pelos médicos.
Um filme extremamente deprimente, voltado para um público mais específico do que os fãs de blockbusters.