PRIMITIVO

(PRIMAL)
Austrália - 2010
Dir.: Josh Reed

Meia dúzia de jovens bonitinhos viajam ao interior da Austrália para ver umas pinturas primitivas recém descobertas, em meio aquelas piadinhas e brincadeiras que são habituais no começo desse tipo de filme.

A idéia era atravessar um túnel na montanha e sair do outro lado, aonde estavam as pinturas, mas a idéia é abortada quando uma delas demonstra sofrer de claustrofobia (batata, né? Essa vai sobreviver e ter que passar pelo túnel, porque isso é um clichê que não poderia faltar) e eles tem que dar a volta na montanha, de carro, até o local que buscavam.

É aí que uma das mocinhas resolve nadar pelada num lago e contrai o que parece ser algum tipo de doença, pois fica com febre e delirando. Quando seu estado se agrava e os demais resolvem levá-la ao médico, descobrem que algum tipo de inseto comeu (isso mesmo...) os pneus do carro. E mais: a garota contaminada arrumou uma nova dentição muito feia e afiada, força sobrehumana e apetite por carne, e as únicas armas que seus agora ex-amigos tem para se defender são umas faquinhas e fogo. Além disso, o espectador descobre que o túnel próximo esconde alguma coisa que é alimentada pela garota possuída mas que por algum motivo não pode buscar seu próprio alimento.

É tudo meio esquisito aqui... Tudo bem que as pinturas estavam à mostra de todo mundo, e ninguém as viu por séculos, mas insetos que comem pneu? E porque não comeram as barracas? Se a coisa não saía da caverna, como contaminou a água?

Isso sem falar na luta final aonde claramente é noite, depois dia e depois noite de novo, num defeito imperdoável em um filme até bem produzidinho.

Mas, enfim, vale pela curiosidade.

LUXÚRIA DE VAMPIROS

(LUST FOR A VAMPIRE)
Inglaterra - 1971
Dir.: Jimmy Sangster

A vampira Carmilla, que tinha morrido no filme anterior, volta a vida trazida por um outro vampiro e se instala em um castelo estrategicamente localizado ao lado de uma escola para moças, que algumas vezes andam bem a vontade pelo local.

Como a vampira também curte colar um velcro, vai poder então matar sua fome, além de descontar o atraso com um coitado que se encanta com suas formas.

Segundo filme da trilogia sobre a Condessa Carmilla de Karstein, é muito fraco e não tem Peter Cushing no elenco, que voltaria no terceiro filme.

CECILIE

(CECILIE)
Dinamarca - 2007
Dir.: Hans Fabian Wullenweber

Cecilie se muda com o marido para uma casa nova e começa a ter visões de uma adolescente pedindo ajuda e seu marido começa a suspeitar que ela esteja perdendo a sanidade - 2 anos antes ela denunciou um suposto estupro, nunca provado, e agora, além da moça, também vê um homem.

Um detalhe faz com que seu psiquiatra lhe dê algum crédito e começa a desconfiar que o caso tenha a ver com o assassinato de uma adolescente 30 anos antes.

Suspense e mistério dinamarquês que começa com jeito de filme de fantasma e toma outros rumos. Não apresenta nada de novo, mas é bem feitinho e funciona como bom passatempo.

ZONA DOS MORTOS

(ZONE OF THE DEAD)
Sérvia / Itália / Espanha - 2009
Dir.: Milan Konjevic / Milan Todorovic

Lá vamos nós de novo...

Durante uma escavação arqueológica alguns esqueletos são encontrados. Quando um dos trabalhadores se fere com os ossos ele morre, e ressuscita morto de vontade de devorar os vivos. Óbvio que a praga se espalha, né?

Só que a coisa não para por aí, já que uma equipe americana está escoltando um prisioneiro rumo à Londres, e eles acabam presos no meio dos zumbis. Ficam presos em uma delegacia, depois em um vagão de trem... Em algum momento alguém sugere fugir para um shopping ou pegar um barco (a gente já viu isso antes, né?).

É longo demais.

É sérvio, mas falado em inglês, o que gera um problema: tem gente com sotaque, tem atores visivelmente dublados (o fanático religioso que arruma armas sabe-se lá onde), além de não dar para entender o presidente da nação discursar em inglês.

De resto, não tem nada de muito digno de citação ou inovador dentro do gênero. Nem o gore da versão supostamente sem cortes merece registro.

EU VI O DIABO

(AKMAREUL BOATDA)
Coréia do Sul - 2010
Dir.: Jee-woon Kim

Agente do serviço secreto coreano tem a namorada brutalmente assassinada por um sádico, enquanto esperava ajuda para consertar o pneu que furara, em uma estrada deserta.

Ele identifica o cara, prende, mas aos invés de entregá-lo à polícia o liberta, depois de espancá-lo, e passa a seguir o sujeito graças à um dispositivo que lhe empurrou garganta abaixo. O objetivo: torturar o infeliz até à exaustão, como forma de puni-lo por seus crimes.

Violento, como todo filme coreano de vingança, fica no limite do maucaratismo, pois o "vingador" às vezes não parece se importar muito com as novas vítimas que o psicopata possa fazer, mas apenas com sua brutal vingança.

É violento, fica no limite do absurdo, mas é ágil e vai agradar quem curtiu "Oldboy" e outros do gênero.

RENASCIDO DAS TREVAS

(THE RESSURRECT)

EUA -1992

Dir.: Dan O'Bannon

Baseado na obra de H.P. Lovrecraft, conta a história de Charles Dexter Warden, que já foi para as telas algumas vezes, inclusive com Vincent Price no papel principal e Roger Corman na direção.

Mulher contrata um detetive para encontrar o marido que andava às voltas com um estranho experimento que envolvia restos mortais. Eles vão descobrir que o desaparecido descobriu uma maneira de fazer os mortos voltarem a vida, e pode estar influenciado pelo espírito de um antepassado.

O'Bannon tem bons serviços prestados ao cinema, como o roteiro de "Alien" e a obra prima dos anos 80 "A Volta dos Mortos Vivos", e aqui acerta mais uma, com um filme adulto, de desenvolvimento lento, bons efeitos para a época e uma história amarradinha.

DESESPERO

(THE INCIDENT)
EUA / Bélgica / França - 2011
Dir.: Alexandre Courtès

Três amigos que trabalham na cozinha de uma prisão para loucos, e tocam numa banda de rock, se vêem presos no lugar - meio mal cuidado - quando falta luz e o presos ficam soltos.

A ajuda vai chegar a qualquer momento, mas até lá eles precisam se manter vivos.

Curto e violento, com os presos tocando o terror - e recebendo a mesma violência em troca.

Rodado na Bélgica, passado em 89 (daí não haverem celulares para chamar a polícia), foi dirigido por um dos diretores do recente "Les Infidèles", com Jean Dujardin.

Também é conhecido com "Asylum Blackout".