sábado, 30 de junho de 2012

O TÚNEL

(THE TUNNEL)
Austrália - 2011
Dir.: Carlo Ledesma


O governo australiano tem uma idéia original para resolver o problema de abastecimento de água de Sidnei: utilizar uma rede de túneis abandonados que existem embaixo da cidade como depósito. A idéia recebe críticas, e acaba abandonada sem maiores explicações do porquê da desistência. Intrigada com isso, e mais o fato de que moradores de rua que usariam os túneis como abrigo estariam desaparecendo, além de um vídeo postado no Yutube que resgistraria um desapareciemento misterioso, uma equipe de reportagem resolver descer aos tais túneis para filmar quem, de fato, viveria lá.
Logo um deles é atacado por algo que se esconde na escuridão, e depois os demais membros da equipe também se vêem como alvo de algum ser misterioso que usa os túneis como abrigo.
Found Footage que nem precisa dizer em que filme(s) se inspira né? A trama é muito semelhante ao do ótimo "Creep" de 2004, com a diferença de que aqui a câmera está nas mãos dos protagonistas, que ainda contam sua história como se fosse um falso documentário, garantindo o momento Mockumentary da trama.
Filmes passados em túneis de metrô ou semelhantes, abandonados ou não, já renderam inúmeros filmes: o citado "Creep", "Raw Meat", "End Of The Line", "The Midnight Meat Train"... "O Túnel" nem é ruim, mas tudo que se vê aqui já foi visto de fomar semelhante nos citados acima. Vale pelo passatempo.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

O CAÇADOR DE TROLLS

TROLLJEGEREN
Dir.: André Øvredal
Noruega - 2010


Equipe de TV segue um homem que se suspeita ser um caçador ilegal de ursos. Logo eles vão descobrir que a verdadeira atividade do sujeito é a que dá nome ao filme.
Agora a moda do Found Footage ataca na Noruega e protagoniza o filme mais bacana e original do gênero, melhor até do que "Cloverfield", que forçava a barra com ótimas imagens feitas em celulares.
Aqui, a grande sacada da trama é não ficar escondendo seu mistério nas sombras, como "The Tunnel", "Paranormal Activity", "Bruxa de Blair", etc. As atrações do filme não demoram a aparecer: imensos Trolls, seres da mitologia nórdica que se mostram apenas à noite - viram pedra se expostos à luz do sol - devoram animais, derrubam árvores, e vivem confinados à um território ao norte do país. Quando fogem de seu cercadinho são caçados, para que sua existência permaneça em segredo.
Destaque para a excelência dos efeitos especiais, que ficam totalmente a cargo da história, e em nenhum momento são "exibidos" como forma de mostrar habilidade com GCI ou se limitam a ser o real atrativo da fita.

sábado, 23 de junho de 2012

NAS GARRAS DO TIGRE

(BURNING BRIGHT)
EUA - 2010
Dir.: Carlos Brooks


Moça e seu irmão autista ficam presos em casa com um gigantesco, belo, mortal e faminto tigre, que o padastro comprou para montar uma espécie de parque no quintal de casa. Como uma tempestade se aproxima, a casa está toda lacrada, o que impede a fuga da dupla.
A trama é meio improvável, mas até que o suspense funciona muito bem, talvez porque o diretor não tente inventar a roda e o roteiro não trate o bicho como um vilão esperto, e nem a mocinha como super heroína.

sábado, 16 de junho de 2012

THE WICKER TREE

(THE WICKER TREE)
Inglaterra - 2010
Dir.: Robin Hardy


Casal de pregadores cristãos - ela é cantora, ele é apenas o "marido da cantora" - viaja para a fronteira da Escócia com a Inglaterra para pregar sua fé na bíblia. Eles inclusive usam aqueles anéis de prata que significam que sexo só depois do casamento e formam um casal muito bonitinho, mas doidos para mandar os anéis para as cucuias.
Ao chegar, ela é escolhida para ser a Rainha da Primavera e ele o "Garoto", embora nem eles nem o distinto público que assiste ao filme saibam do que se trata. Logo o público, e depois os 2, vão descobrir que tudo é uma trama para sacrificar ambos em um ritual de fertilidade, já que a população está se tornando estéril, e o casal foi escolhido para tentar agradar aos deuses celtas ancestrais e voltar a ver as mulheres da aldeia engravidarem.
Robin Hardy dirigiu um dos filmes mais bacanas da década de 70, "The Wicker Man", e aqui volta ao mesmo tema (ele dirigiu apenas 3 filmes), com direito a uma microponta de Christopher Lee.
Não é continuação, nem refilmagem. Parece mais uma releitura com resultados muito ruins e comparação inevitável, pela semelhança do tema tratado.
O que era polêmica na época obviamente não seria hoje, então Hardy apela para uma cena de canibalismo, que nem é tão explícita, como tentativa de chocar: o comportamento e o discurso do anterior são deixados de lado, até as canções são fracas, e nada acescentam a trama.
Infelizmente o filme não passa de um desperdício de tempo, tão ruim quanto a refilmagem da obra prima do diretor, em 2006.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

KAKASHI

(KAKASHI)
Japão - 2001
Dir.: Norio Tsuruta


Quando seu irmão desaparece, Kaoru descobre uma carta enviada por Izumi, sua ex-colega de faculdade, apaixonada pelo desaparecido. Ela viaja até o vilarejo, de onde foi enviada a carta, e encontra uma população apática e obcecada por espantalhos.
Obrigada a passar a noite lá, ela tem pesadelos com... uma garota de cabelos compridos (é terror japonês, lembrem-se) e acaba descobrindo que o mal tomou conta da cidade e que de alguma forma, consegue dar vida aos espantalhos que decoram as colheitas do lugar.
Terror japa interessante, mais baseado no clima de pesadelo do que no terror explícito, que segue aquele modelo básico do cinema nipônico: ritmo lento, poucos diálogos, lendas locais e a velha trama do fantasma vingativo.

sábado, 2 de junho de 2012

VÔO NOTURNO

(NIGHT FLIER)
EUA - 1997
Dir.: Mark Pavia


Vampiro tem uma idéia original: voar com um pequeno avião, com vidros fechados por cortinas, e parar em aeroportos de cidades pequenas para fazer seu lanchinho.
Só que seu rastro de sangue acaba chamando a atenção da imprensa, e um jornal sensacionalista manda Richard Dees, um repórter de péssimo caráter investigar a história. Dees é interpretado por Miguel Ferrer, figura conhecida nas telas no anos 90 e hoje praticamente relegado à TV e filmes diretamente para o mercado de vídeo.
Parece meio doido, mas funciona muito bem. Destaque para a cena aonde Richard enfrenta seu inferno particular.
Mais um baseado em Stephen King.