domingo, 27 de maio de 2012

CHOKING HAZARD

(CHOKING HAZARD)
República Tcheca - 2004
Dir.: Marek Dobes


Grupo de estudantes de filosofia, seu professor cego e mais um ator pornô que é Testemunha de Jeová ficam presos em um hotel no meio do mato à mercê de lenhadores zumbis que voltaram a vida na floresta do lado do hotel.
Uma tentativa de fazer graça dentro do gênero terror que é uma verdadeira bola fora.
O filme exagera no non sense e no humor de correria, sem conseguir assustar ou fazer rir.
A graça se limita a duas piadas que são um fim em si mesmas: o ator pornô que fala em Jeová o tempo todo e uma vegetariana radical, que se recusa a matar os mortos vivos porque eles seriam uma espécie em extinção.
A produção é até boazinha e a direção mostra certa criatividade, mas o resultado é muito ruim.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

SEQUESTRADOS

(SECUESTRADOS)
Espanha / França - 2010
Dir.: Miguel Ángel Vivas


Família se muda para a casa nova e logo na primeira noite a casa é invadida por três homens. Eles mantém mãe e filha presas e um deles vai com o dono da casa até um caixa automático sacar dinheiro. Dos dois bandidos que ficam com as duas mulheres, um é um verdadeiro animal, e as elas vão comer o pão que o diabo amassou, com direito a tentativa frustrada de fuga, estupro e espancamento.
Vivas fez um filme violento, muitíssimo bem dirigido, sem dar chance a seus personagens e também aos espectadores, que não tem trégua.
Em uma das cenas, enquanto a família é barbarizada a câmera mostra fotos da família feliz, em porta retratos. Em outra, um bandido vasculha a casa e no fundo se ouvem os gritos de desespero. Além disso, o diretor ainda recorre a um recurso pouco em uso ultimamente: a tela divida, mostrando a ação ocorrendo simultaneamente em locais diferentes. Ainda tem uma cena muito bem feita, que remete ao francês "Irreversível".
O fim ainda guarda uma surpresa para o espectador, que talvez seja o único pecadinho do diretor, pois parece uma tentativa de levar a violência ao extremo.
Altamente recomendado, principalmente por mostrar um horror que não é improvável, ou inverossímel, pois é algo recorrente e factível em qualquer lugar do mundo, basta ver os jornais, em suas páginas policiais.

domingo, 20 de maio de 2012

DJINNS

(DJINNS)
França - 2010
Dir.: Hugues Martin / Sandra Martin


Avião do exército francês cai no deserto na Arábia Saudita, na década de 60, e um pelotão é enviado para resgatar a maleta que um general carregava.
Eles encontram o que buscavam, mas são atacados por um grupo de guerrilheiros e obrigados a se refugiar em uma cidadela no meio do nada.
Começa então uma série de fatos estranhos que lançam os militares uns contra os outros, fazendo com que se matem.
Djinns são espíritos ancestrais, segundo as lendas muçulmanas, e deveriam assombrar quem usou seu nome para perpretar isso aqui.
A história é arrastada e os efeitos quase inexistentes. Muito fraco.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

FLORESTA VIVA

(WAKE WOOD)
Inglaterra / Irlanda - 2011
Dir: David Keating


Casal perde a filha de 9 anos morta pelo cachorro da família - uma cena incômoda, apesar de totalmente implícita. A vida segue até que acidentalmente a mulher presencia um estranho ritual realizado pelos moradores da pequena cidade aonde foram viver.
Os dois recebem então uma estranha proposta: ter a filha de volta por apenas 3 dias, para que possam se despedir dela, sendo que ela não pode sair do perímetro da cidade.
O casal é convidado para participar de uma bizarra cerimônia, aonde é utilizado um cadáver, através do qual a menina retornará a vida.
Terror mediano, que poderia explorar mais o estranho ritual de "retorno". É óbvio que a menina que retorna não é a mesma que morreu, e assim como no famoso "Pet Sematary", ainda guarda uma surpresa para o fim. O filme marca a volta da mítica produra Hammer as telas de cinema.

domingo, 13 de maio de 2012

O RIO

(THE RIVER)
EUA - 2012
Dir.: Jaume Collet-Serra


Naturalista famoso se perde na selva amazônica enquanto tentava encontrar uma misteriosa fonte da vida eterna, e é dado como morto, junto com sua equipe de filmagem.
Meses depois, um sinal de seu rádio é identificado e sua mulher e o filho partem à sua procura acompanhados por uma equipe de TV, que está financiando a expedição de busca e exige que tudo seja documentado.
Eles então se embrenham em uma Amazônia misteriosa, provavelmente na parte espanhola, aonde encontram barcos fantasmas, tribos indígenas desconhecidas que teriam contato com espíritos, pessoas amaldiçoadas, cegueira temporária, libélulas sobrenaturais (é sério...), etc... São as fitas das duas expedições que são editadas e dão origem a série.
Tremenda bobagem produzida, entre outros por Spielberg e pelo midas do found footage / mockumentary, Oren Peli - o que garante aquela cena presente em todos os seus filmes de alguém sendo arrastado pelo pés por alguma força invisível.
A direção é de Jaume-Collet Serra, de "A Órfã" e "A Casa De Cera".
Cada episódio é centrado em um fato, como o navio fantasma, por exemplo, e é praticamente esquecido no seguinte, se arrastando assim por 8 episódios. A série também parece tentar abraçar todos os subgêneros que o terror tenha, e no sétimo episódio a série vive um momento "Resident Evil - Walking Dead". O 8º começa com um novelesco "quem matou" e depois passa para uma sequência de possessão demoníaca, aonde um personagem só falta vomitar verde e virar a cabeça, tudo embalado por discurso melodramático.
Na verdade a idéia nem é ruim, só que Oren tem certa fixação com essa idéia da câmera na mão, e nem quando estão em perigo de vida seus personagens largam a traquitana, além de não se sustentar por 8 episódios. Tudo bem que é uma exigência da TV que tudo seja registrado, mas ninguém fica com uma câmera na mão, e nenhuma idéia na cabeça, quando dá de cara com fantasmas e precisa fugir de um barco, ou está fugindo pela selva, depois de abandonar seus amigos.
O barco aonde a equipe está deve ter centenas de câmeras, pois são inúmeros planos, contraplanos e cortes entre os personagens presentes em cena.
Mas o cúmulo do exagero, que chega a ser ofensivo a inteligência de quem vê, é a cena (6º episódio) aonde um homem fica perdido na mata, aparentemente com UMA câmera: ele sobe em uma árvore para pegar mangas, a câmera dá um close nele!! (deve ser algum espírito que escapou de "Atividade Paranormal"), e depois torna a se afastar. A coisa segue: quase à beira da morte, ele se arrasta pela mata, sempre com a câmera, que em determinado momento deve ter se multiplicado, pois a imagem fica mudando de ângulo, se alternando entre tomadas diferentes, como se fossem duas ou mais! Mas como, se ele estava sozinho? Quase à beira da morte, com fome? Será que foi o cachorro que o acompanhava, que em nenhum momento pareceu passar fome?
De resto, sobram momentos de dramalhão, com os personagens contando seus dramas para as inúmeras câmeras (dá-lhe corte pra lá e pra cá) e uma certa falta de dramaticidade ao troço.
Sinceramente? Parece uma cópia bem piorada de "Lost", que fecha com gancho para continuação, já que não se explica como as fitas com as imagens foram encontradas.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

PARANÓIA 1.0

(ONE POINT ZERO)
EUA / Romênia / Islândia - 2004
Dir.: Jeff Renfroe / Marteinn Thorsson


Simon vive em um apartamento num prédio meio caído; em uma época indefinida. Ele está trabalhando em algum projeto misterioso, cujo prazo de entrega está se encerrando, e por isso seu chefe o pressiona.
Quando começa a encontrar caixas de papelão vazias dentro de seu apartamento ele entra em uma onda de desconfiança de seus vizinhos, uns mais esquisitos do que os outros, e a trama toma um rumo estranho, aonde entram em cena um jogo misterioso, assassinatos, um bizarro vício em leite, entre outros.
A produção é boa, embora seja possível ver os microfones acima da cabeça dos atores em duas cenas.
O clima é de pesadelo kafkiano, tem alguma coisa do "Videodrome" de Cronenberg e alguns personagens meio Lynchinianos, mas a trama é confusa e ficam algumas pontas soltas, além de nunca se esclarecer o que é o tal vírus ou nanomáquinas, ou se o personagem principal é simplesmente louco. Além disso, parece propagandear contra o consumismo, mas sem nunca se ater a isso.
Tem Jeremy Sisto, Udo Kier e Lance Henriksen

domingo, 6 de maio de 2012

I'LL SEE YOU IN MY DREAMS

(I'LL SEE YOU IN MY DREAMS)
Portugal - 2003
Dir.: Miguel Ángel Vivas


Terror português com toques de comédia sobre uma invasão de zumbis em uma aldeia no interior do país. Enquanto tenta se manter vivo, Lúcio, um herói sem muito caráter, mantém a mulher morta-viva presa e se lembra de como ela chegou a esta situação.
É um curta bem feitinho com apenas 20 minutos.
O diretor mostra habilidade na função, e seu filme posterior "Secuestrados", rodado na Espanha, é um ótimo e violento drama sobre um sequestro.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

A MULHER

(THE WOMAN)
EUA - 2011
Dir.: Lucky Mckee


Continuação de "A Descedência", já comentado aqui, e agora centrado na persongem sobrevivente do filme anterior. Esse é bem melhor que o primeiro, que a rigor nem precisa ser assistido, pois as tramas são independentes, e os acontecimentos anteriores nem são citados. A única coisa em comum, é a repetição da mesma atriz no papel principal.
Oficial de justiça de uma cidade do interior encontra uma mulher selvagem vivendo na floresta aonde ele costuma caçar (talvez ela nem seja tão selvagem, já que visivelmente raspa as axilas, mas isso não compromete o filme) e decide fazê-la prisioneira no porão de sua casa, para horror da filha mais velha, prazer do filho e curiosidade da caçula, além da mulher completamente submissa e que é obrigada a aceitar a situação.
Segue-se então um cenário de horror, com a coitada amarrada, tomando banho com uma máquina daquelas de lavar carros, mal alimentada e abusada sexualmente, com a desculpa de que tudo isso é para "civilizá-la".
Aí o expectador vai descobrir que o aparente bom pai de família é um sujeito misógino, violento, ditatorial, que provavelmente abusa das filhas e ainda espanca a mulher.
O filme fica no limite do porn torture e ainda guarda uma surpresa no fim.
É baseado em um livro de Jack Ketchum, autor de "The Girl Next Door" que também foi pras telas, e é a nova promessa do terror americano. Ketchum parece ter certa atração por maus tratos a mulheres, como já mostrara em "The Girl...".
Um bom filme, bem dirigido, com direito a algum gore no fim.
Olho no diretor também.