TRAIN

(TRAIN)
EUA - 2008
Dir.: Gideon Raff


5 integrantes da equipe americana de luta greco-romana, participando de um torneio em algum país do leste europeu, resolvem dar uma esticada na noite antes de voltar para casa. Eles perdem a hora e os 5, mais o treinador que os ficou esperando, também perdem o transporte que os levaria embora. Sem muita alternativa, eles aceitam a sugestão de uma desconhecida de seguir viagem em um trem meio chinfrin.
Logo de cara fica claro que a viagem é uma roubada, pois os passaportes dos incautos são recolhidos com a desculpa de que ficariam em um cofre, mas acabam queimados.
Depois que o primeiro personagem é capturado o espectador vai descobrir que no trem funciona uma central de doação involuntária de órgãos, que são retirados sem anestesia. Isso, claro, rende todo tipo de cena supostamente agoniante e regada a sangue que os filmes do gênero tem direito.
Você já viu esse filme, e não tem nada de novo mesmo (só o fato de se passar em um trem).
É mais um daqueles filmes etnocêntricos americanos situados fora de suas fronteiras, para mostrar que nos outros países existe gente fria, desalmada e sem escrúpulos. Eles parecem esquecer de Mason, Gacy, Dahmer...
Não dá pra entender como alguém extrai órgãos em um trem tão sujo e os receptores não contraem infecção hospitalar, mas,enfim...
Thora Birch, de "Beleza Americana" empresta seu parco prestígio à produção.

HORROR HOTEL

(CITY OF THE DEAD)
Inglaterra - 1960
Dir.: John Llewellyn Moxey

Estudante de história se entusiasma com as aulas de bruxaria de seu professor (intrepretado por Christopher Lee, mais uma vez as voltas com bruxaria ou satanismo), e aconselhada por este viaja até a pequena cidade de Whitewood para fazer pesquisa in loco.

Ela desaparece, mas antes fica sabendo que o lugar foi amaldiçoado por uma bruxa que foi queimada séculos antes pelos moradores locais, e que a tal bruxa pode ainda estar viva.

Seu namorado e o irmão partem então para Whitewood para procurá-la, ajudados pela descendente de uma das moradoras do local.

Produção dos estúdios Vulcan, que depois mudaria de nome para Amicus e seria o principal concorrente da Hammer.

Boa produção, valorizada pela fotografia em preto e branco e o clima sombrio.

BABY BLUES

(BABY BLUES)

EUA - 2008

Dir.: Lars Jacobson / Amardeep Kalepa

Mãe de 4 filhos, sofrendo de depressão pós parto surta, encarna Jason e extermina filhos e os animais da fazenda aonde eles vivem enquanto o marido está fora.

Supostos fatos reais deram origem a um filme até curto (76 minutos) mas que se arrasta demais e fica com um jeito um tanto exagerado.

É até corajoso por mostrar uma mãe matando a prole, mas não tem nada que justifique sua existência.

E é mais um que contraria a história de que duas cabeças pensariam melhor que uma.

TURN OF THE SCREW

(TURN OF THE SCREW)

Inglaterra - 2009 (TV)

Dir.: Tim Fywell

Jovem governanta é contratada para cuidar de 2 órfãos que vivem em uma mansão isolada, cercados apenas por empregadas, já que o tio e tutor praticamente os ignora.

Ann, a governanta, mais aceita o emprego encantada pelos modos do patrão do que propriamente pelo trabalho em si, já que ele se compromete a visitar a família, coisa que logo fica claro que não vai acontecer.

Ao chegar ela percebe sons estranhos e não demora a ver vultos, além da sensação constante de que as crianças nunca estão sozinhas e de que interagem com alguém que ela nunca vê.

Depois de ver um homem na janela durante um temporal, ela descobre que ele estaria morto e seria a causa da morte da governanta anterior, com quem tinha um caso que era de conhecimento de todos na casa, além do homem aterrorizar as demais empregadas.

Ann então se convence que as crianças foram dominadas pela devassidão e luxúria do casal morto e se encarrega de salvá-los, mas a história termina de forma trágica.

"Turn Of The Sscrew", de Henry James é um clássico do terror e se equilibra entre o terror real representado por fantasmas e a histeria de uma mente reprimida sexualmente.

O sabe tudo IMDB lista uns 10 filmes baseados na história, de diferentes nacionalidades, sendo a mais famosa "Os Inocentes" com Deborah Kerr, de 1961.

Esse aqui parece reforçar mais a linha da possessão demoníaca em que Ann acredita. Como todas as produções da BBC é bem acabado e conta direitinho sua história.

ALTITUDE

(ALTITUDE)

Canadá / EUA - 2010

Dir.: Kaare Andrews

Cinco jovens embarcam em um pequeno avião, pilotado por uma delas, com destino a Montreal para assistir a um show do Coldplay, mas um defeito na aeronave os impede de escapar de uma tempestade gigantesca que se aproxima. O problema é que a tempestade não é uma tempestade qualquer, e em meio às nuvens um ser misterioso espreita e persegue os viajantes.

Terror aéreo que parece um episódio extendido de "Além da Imaginação", mas é legalzinho e serve como passatempo.

A DEUSA DA CIDADE PERDIDA

(SHE)
Inglaterra - 1965
Dir.: Robert Day

Três amigos em viagem pela Palestina são surpreendidos quando um deles recebe um mapa que indicaria a localização da mítica cidade de Kuma, criada por um grupo de egípcios.

Um deles seria a reencarnação de um sacerdote e tem sido procurado à séculos por Ayesha, a mandachuva local interpretada por Ursula Andress, e que encontrou uma forma de vencer a morte.

Eles então decidem conferir se a história é real e descobrem que sim, a cidade existe e que a Ayesha é uma tirana cruel e capaz e qualquer coisa para ter a reencarnação de seu amado ao seu lado.

Baseado em H. R. Rider, a aventura ainda tem Peter Cushing e Christopher Lee como um sacerdote egípcio.

É uma aventura interessante, naquele tipo "Sessão da Tarde" e que a TV não exibe mais.

A ILHA DO MEDO

(SHUTTER ISLAND)

EUA - 2010

Dir.: Martin Scorcese

Leonardo DiCaprio interpreta um ex-combatente da 2ª Guerra e agora agente federal Teddy Daniels, que junto de seu parceiro Chuck Aule (Mark Ruffalo) vão a Shutter Island, um presídio federal destinado a doentes mentais perigosos, investigar a misteriosa fuga de uma mulher acusada de afogar os três filhos.

O lugar é aparentemente inexpugnável e, pra complicar, ainda é assolado por uma violenta tempestade. Em meio a isso tudo, Teddy tem que lidar com as misteriosas visões e pesadelos que tem.

Scorcese dispensa apresentações, mas esse filme é imperdoável.

A coisa já começa ruim com a chegada dos dois policiais ao tal presídio/manicômio, embalada por uma música grandiloquente que ficaria ótima em "Stars Wars"; segue com um roteiro banal que se arrasta por longuíssimos 130 minutos e termina em um final que remete a tudo de pior que M. Night Shyamalan apresenta em seus filmes.

Se Scorcese tivesse visto "Marebito" de Takashi Shimizu teria aprendido como enganar o público sem ofendê-lo e gastando muito menos.

PÂNICO NA NEVE

(FROZEN)

EUA - 2010

Dir.: Adam Green

Dan, a namorada Parker e mais Joe tiram o fim de semana para esquiar. Sem muito dinheiro, decidem subornar o operador do teleférico que leva os esquiadores até o alto da montanha, para poderem descer mais uma vez.

Só que acontece um engano na troca dos operadores da geringonça, e o teleférico é desligado com os 3 em pleno ar, no meio do caminho até o topo da montanha. De início eles pensam se tratar de um simples problema técnico, mas quando veem as luzes se apagando concluem que a estação foi fechada, e os 3 esquecidos lá.

Pra complicar, além da altura, da neve e do vento frio, o lugar é cheio de lobos famintos prestes a jantá-los caso consigam descer.

Angustiante drama que põe apenas 3 personagens em uma situação limite e consegue manter o interesse até o fim.

Demora um pouco a engrenar, até para poder completar a duração mínima de 90 minutos, mas depois se sai bem em sua proposta.

O diretor é o mesmo do bobinho "Hatchet", mas aqui não faz nenhuma concessão ao gore.

Aliás, ganha um doce quem descobrir qual dos 3 sobrevive.

ELES VIVEM

(THEY LIVE)

EUA - 1988

Dir.: John Carpenter

Homem consegue emprego em uma obra e ao perceber uma movimentação estranha em uma igreja próxima, descobre um grupo de pessoas lutando contra uma invasão alienígena que usa mensagens subliminares em propagandas como forma de dominar corações e mentes.

John Carpenter bebe da fonte do terror e ficção paranóicos da década de 50.

A idéia nem é ruim, mas parece faltar uma certa emoção à coisa. Pra se ter uma idéia, tem uma luta entre dois personagens que se arrasta por mais de 5 minutos, e em outra cena os 2 atores principais invadem o QG dos aliens como se fossem dois Rambos, mas o que se vê é uma sequência de cenas meio risíveis, devido a facilidade com que eles seguem adiante, sem encontrar praticamente resistência nenhuma.

Mas é um filme interessante, e Carpenter quase sempre vale a vista. O tipo do filme que talvez merecesse uma refilmagem.

ONDAS DE PAVOR

(SHOCK WAVES)

EUA - 1977

Dir.: Ken Wiederhorn

Grupo de viajantes de um barco em condições meio assim, é obrigado a abandonar a embarcação e se dirigir a uma ilha próxima.

O que eles não sabem é que na região foi deliberadamente afundado um navio alemão com uma carga sinistra: um grupo de soldados nazistas remanescentes da 2ª Guerra que foram geneticamente alterados: se assemelham a mortos vivos e seu único objetivo é matar, sem discriminar civis de soldados.

Nem precisa dizer que os soldados alemães vão escapar do navio naufragado e perseguir os coitados pela ilha.

Peter Cushing interpreta o chefe do grupo, e responsável pelo afundamento do navio que voltou a tona; John Carradine o comandante do navio de passageiros; e Brooke Adams uma das passageiras, nesse terror meio tosco, sem nenhuma tensão dramática e nenhum derramamento de sangue.

OS DEMÔNIOS DE DOROTHY MILLS

(DOROTHY MILLS)

Irlanda / França - 2008

Dir.: Agnès Merlet

Psiquiatra é enviada à uma aldeia isolada e dominada pelo pastor local para analisar Dorothy Mills, adolescente que, trabalhando como babá, tentou matar o bebê de quem cuidava.

Os exames preliminares não indicam qualquer problema fisiológico e ao conversar com a menina a psiquiatra suspeita se tratar de um caso de múltiplas personalidades, pois Dorothy se apresenta como Mimi, de 3 anos, além de Mary, Duncan e Kurt.

Só que um fato envolvendo o passado da médica e que a garota demonstrou conhecer, a fazem suspeitar de algo paranormal envolvendo o misterioso caso que os moradores locais fazem questão de manter encoberto.

Terror e drama interessante, cuja idéia central foi descarada, e mal e porcamente aproveitada em "Shelter", com Juliane Moore, de 2010.

Boa atuação de Jenn Murray, que interpreta a menina possuída.

OS DEMÔNIOS DO FOGO

(THE NIGHT OF THE BIG HEAT)

Inglaterra - 1967

Dir.: Terence Fisher

Pequena ilha no litoral inglês sofre com uma estranha onda de calor, e um cientista, Godfrey Hanson (Christopher Lee) está convencido que se trata de uma espécie de alienígena que chegou à Terra captado pelas antenas de televisão.

Como precisam de calor para sobreviver, eles pretendem aquecer a superfície do planeta e transformar os seres humanos em churrasquinho bem passado.

Mistura de terror e sci-fi corriqueiro com Peter Cushing fazendo uma pontinha insignificante.