domingo, 25 de abril de 2010

PRIMOGÊNITA

(FIRST BORN)
EUA - 2007
Dir.: Issac Webb


Casal tem filha e se muda para uma casa grande e isolada, quando a parte feminina do casal começa a ser assombrada, ou a ter alucinações que são associadas a uma possível depressão pós parto. Enquanto isso, o espectador sofre de tédio e sonolência durante o filme.
O fim tenta chocar, mas nem isso consegue.
97 minutos de uma chatice interminável com a antiga musa teen Elizabeth Shue, em triste meio de carreira.

DEVORADOS VIVOS

(EATEN ALIVE)
EUA - 1977
Dir.: Tobe Hopper


Caipira louco mata os hóspedes de seu decadente hotel e usa-os como alimento para seu gigantesco crocodilo.
A história se resume a isso aí.
Terceiro filme de Hopper, é nu e cru.
Não perde muito tempo apresentando sua coleção de esquisitíssimos personagens, e vai logo mandando-os para a vala (no caso um pântano, habitat do crocodilo).
Hoje não é grande coisa, mas comparando com as últimas obras de Hopper, é até curioso, mas não se compara a filmes mais violentos feitos na época. É bem inferior ao cinema bruto do mesmo diretor, como "O Massacre da Serra Elétrica".

domingo, 18 de abril de 2010

[REC ²]

[REC ²]
Espanha - 2009
Dir.: Jaume Balagueró / Paco Plaza


Sequência do ótimo terror espanhol de 2007.
Uma equipe da polícia invade o prédio do filme anterior com um objetivo que só vai ser revelado depois: obter uma amostra de sangue da tal menina Medeiros, citada no filme anterior como a origem da infecção que tomou conta do prédio.
O grupo é liderado por um padre que revela que na verdade a infecção é obra de um capeta que precisa ser exterminado, e para isso ele precisa de uma amostra do sangue da tal menina portuguesa para examiná-lo. O padre é determinado: não se furta a mandar pelos ares a cabeça de um menino infectado.
O filme repete o esquema anterior da câmera na mão e ação incessante, mas o artifício soa repetitivo, e se torna inverossímil em várias sequências, como em momentos de luta contra os infectados; ou quando um trio de adolescentes invade o prédio e em nenhum momento para de filmar, mesmo em momentos de perigo.
A idéia de transformar a infecção em possessão demoníaca também parece despropositada, mas ainda assim a dupla de diretores fez um bom filme, aonde o mérito acaba indo mais para as cenas de tensão e menos para a história.
Manuela Velasco repete o papel da reporter do filme anterior, que se julgava morta depois de atacada pela encapetada portuguesa.

PÂNICO NO DESERTO

(REEKER)
EUA - 2005
Dir.: Dave Payne


Cinco jovens viajam de carro pelo deserto com destino a uma festa. Entre eles estão um cego e outro que deu um golpe em um traficante e roubou um carregamento de ecstase, o que faz com que o dono do negócio decida segui-los. Quando a motorista do carro descobre o carregamento extra decide abandonar o golpista no meio do caminho, mas acaba por resolver levá-lo até uma lanchonete próxima.
Ao chegar na lanchonete eles a encontram vazia, o carro quebra e os telefones não funcionam. Sem muita alternativa, o jeito é passar a noite ali.
No meio da noite chega um motorista (o eterno vilão Michael Ironside, aqui em raro papel de vilão não intencional) que procura pela esposa desaparecida. Enquanto isso, os jovens começam a ser mortos um a um por uma sinistra e um tanto sádica figura misteriosa.
A virada surpreendente no final do filme revela quem é o misterioso ser (é até fácil deduzir) e o porque do elenco ser morto.
Horror meio obscuro que demora um pouco a engrenar; tem umas mortes um pouco violentas; e um final que já foi visto antes. É interessante mas rapidamente esquecível.

terça-feira, 13 de abril de 2010

TENEBRE

(TENEBRAE)
Itália - 1982
Dir.: Dario Argento


Escritor americano viaja a Roma para lançar seu novo livro, e acaba metido no meio de uma série de assassinatos aonde uma das mortas tem na boca páginas de seu livro. Ele então começa a receber cartas com ameaças e, claro, se mete na investigação dos assassinatos que se seguem.
Giallo de Argento feito numa época em que o próprio foi ameaçado por um fã obcecado. A história tem todos os elementos de seus filmes anteriores, que nem precisam ser listados aqui. A novidade é que há 2 assassinos, e quando um deles é morto o outro se aproveita da idéia para se livrar de alguns desafetos.
É aquilo: não é ruim para quem não conhece a obra de Argento; a direção é boa, consegue manter em absoluto segredo o assassino e o interesse em descobrir quem é. Mas parece repetitivo para quem já viu alguns dos filmes anteriores do diretor.
Com John Saxon, o astro de Western Spaghetti Giulliano Gemma e Anthony Franciosa.

domingo, 11 de abril de 2010

A CAIXA

(THE BOX)
EUA - 2009
Dir.: Richard Kelly


Norma e Arthur (Cameron Dias, de "As Panteras" e James Marshall, da trilogia "X-Men") encontram um embrulho em sua porta, e ao abrir se deparam com uma caixa com um botão. A caixa está fechada, e um bilhete diz que um tal Steward entrará em contato com eles. No dia seguinte o cara aparece (Frank Langella, que foi Drácula num filme de 1979, e esquelo no filme do He-Man), carregando uma horrível cicatriz de queimadura no rosto, ele explica que se eles optarem por abrir a caixa com a chave que ele lhes dará, alguém, que eles não conhecem, morrerá e em troca o casal receberá 1 milhão de dólares, que ele mostra a Norma na mala que carrega, sendo que eles não podem falar sobre a caixa com ninguém.
Ela conta ao marido, que acha a história absurda, mas devido a dificuldades financeiras e certa descrença na história, ela aperta o botão. No dia seguinte Steward aparece com o dinheiro.
A partir daí eles se veêm no meio de uma conspiração que envolve raios, portais dimensionais, expedição a Marte (que aparentemente nada tem a ver com a trama) e a possibilidade de que a caixa pode ser entregue a alguém que eles não conhecem.
Começa intrigante, depois fica confuso e nunca explica ao certo o que é Steward, que aparentemente mantém contato com Deus e está testando a raça humana.
Baseado em um conto, parece que faltou alguma coisa no roteiro.

terça-feira, 6 de abril de 2010

PHENOMENA

(PHENOMENA)
Itália - 1985
Dir.: Dario Argento


Filha de famoso ator americano, Jennifer (Jennifer Connelly, do primeiro Hulk) vai estudar em um internato suíço e é alertada pelas demais alunas sobre um assassino (de luvas pretas, óbvio) que anda diminuindo a população de jovens da região. Sonâmbula, ela presencia um assassinato e vai parar na casa de um entomólogo, John McGregor (Donald Pleasence, da série Halloween) que lhe dá conselhos sobre como tratar o sonambulismo, e a quem ela revela seu segredo: uma estranha capacidade de entender e ser entendida pelos insetos, habilidade que vai lhe ser útil quando ficar frente a frente com o psicopata-italiano-de-luvas-pretas.
McGregor a instiga a participar das investigações sobre os assassinatos, já que ele mesmo perdera uma assistente para o assassino e agora colabora com a polícia. Como curiosidade, a assistente de McGregor, paralítico, é uma macaca, e ele dá à Jennifer uma mosca, que atraída pelo odor dos cadáveres a guia até o local dos assassinatos (na verdade os corpos estavam em outro lugar, e isso não é explicado).
Lógico que Jennifer vai ficar na mira do psicopata, cuja história tem um quê de "Pague Para Entrar, Reze Para Sair".
Escola para moças; protagonista em solo estrangeiro; assassino que é personagem secundário (no caso quase figurante) da trama; explicação científica de certos fatos... Não é bom nem ruim, tem um toque surreal com a história dos insetos, mas fica a sensação de déja vu para quem assistiu os primeiros filmes de Argento.
Desnecessário dizer que a técnica é ótima, com bons enquadramentos, cenas noturnas e, pouquissímo gore.

domingo, 4 de abril de 2010

PRELÚDIO PARA MATAR

(PROFONDO ROSSO)
Itália - 1976
Dir.: Dario Argento


Músico inglês morando em Londres, Marcus Daly presencia um assassinato à noite, em um apartamento, após sair do bar aonde trabalha. Ele invade o local, mas o assassino foge e então o músico e mais uma agitada reporter em busca de fama, decidem investigar o caso.
A assassinada era uma vidente, que durante uma sessão de exibição percebe entre os presentes a presença de um assassino, a quem associa uma música infantil. Com a ajuda de um amigo da morta eles chegam a um livro infantil que faz referência a uma casa mal assombrada.
Enquanto isso Daly se torna suspeito, principalmente depois que o amigo da morta e a escritora do tal livro morrem de forma brutal.
O final revela um assassino surpreendente.
Considerado o melhor filme de Dario Argento, é seu filme com mais alta cotação no IMDB.
Quem viu "O Pássaro das Plumas de Cristal" vai notar muitas semelhanças: estrangeiro em solo italiano que decide investigar o crime por conta própria; luvas negras (mas isso todo filme de terror / suspense italiano tem); o protagonista que vê algo fundamental para a solução do caso, mas não se lembra o quê; um assassino que é um dos personagens secundários da trama, além de um pseudo-psicopata; e a incompetência da polícia para resolver o caso, só chegando na hora agá.
Mas a técnica perfeita de Argento faz qualquer história parecer original.

sábado, 3 de abril de 2010

VÍRUS

(CARRIERS)
EUA - 2009
Dir.: Alex Pastor / David Pastor


Brian (Lou Taylor Pucci, de Star Trek), a namorada Bobby, o irmão dele, Daniel e mais uma amiga desse, Kate, caem na estrada rumo a praia aonde os irmãos costumavam ir. O objetivo é fugir de uma violenta, 100% letal e altamente contagiosa infecção por vírus que está dizimando a população do planeta. A regra é: os doentes já estão mortos, então não devem ter qualquer tipo de solidariedade por parte do quarteto.
Na estrada eles encontram Frank (Chris Meloni, das telesséries Law & Order - S.V.U. e OZ), que tentava levar a filha de oito anos contaminada até uma cidade próxima, aonde supostamente teria sido encontrada uma cura, mas ficou sem gasolina. Ele ataca os garotos, esses perdem o carro, mas acabam tomando o de Frank, que é levado junto com a filha (num raro gesto de solidariedade) até a tal cidade aonde são sumariamente abandonados.
O quarteto segue em frente, até uma das moças ser contaminada e ter o mesmo destino, com a recomendação de arrumar um lugar confortável para morrer. Depois chega a vez de um dos irmãos ser a próxima vítima da doença.
Apesar dos elementos, não é um filme de terror, e sim um drama em meio a um cenário apocalíptico, nos moldes do recente "A Estrada". Aqui não tem zumbis ou semelhantes correndo alucinadamente pra lá e pra cá, apenas um vírus semelhante ao Ebóla, sem possibilidade de cura.
Segue a receita tradicional do grupo de amigos que é obrigado a sacrificar alguém do grupo pra sobreviver.
É barato, bem feito e conta com honestidade sua história. Não é nenhuma obra prima, mas é diversão acima da média do que se vê atualmente.