sexta-feira, 20 de novembro de 2009

LUA

(MOON)
Inglaterra - 2009
Dir.: Duncan Jones


There's a starman waiting in the sky
He'd like to come and meet us...
Sam Bell (Sam Rockwell, de Lawn Dogs) está há três anos no lado oculto da Lua trabalhando sozinho na exploração de helio-3, a nova forma de energia usada na Terra em substituição ao petróleo. Tendo apenas a companhia do robô Gerty (voz de Kevin Spacey), ele aguarda que as últimas 2 semanas terminem, quando deverá retornar para casa e reencontrar mulher e filha, enquanto assiste aos vídeos delas que esporadicamente recebe, pois as comunicações estão com problemas devido a uma falha no satélite.
As coisas começam a mudar quando ele se sente mal, tem visões e sofre um acidente em um veículo de transporte. Ao acordar descobre que existe o que parece ser um clone dele mesmo dentro da estação. Juntos os dois decidem descobrir no que estão envolvidos.
Segundo filme dirigido pelo filho do autor dos versos acima, David Bowie, "Moon" começa com um jeitão de 2001, obviamente pela presença de um robô faz-tudo e da própria estética do filme; depois parece que vai enveredar pela seara de "Solaris", mas termina com um certo jeito "Blade Runner" de ser.
Jones fez um bom filme, que parece saído da década de 70, bem cuidado esteticamente, com roteiro bem amarrado e fotografia clean, que contrasta com certa melancolia e tristeza que transmite.
Apesar de pegar algumas idéias emprestadas (no fim se tem a sensação da história dos andróides de Blade Runner contada por um deles, embora não se tenham andróides na história) tem personalidade própria. Os fãs de ficção tipo "Sunshine" talvez fiquem incomodados com uma certa lentidão e a ausência de efeitos espetaculares, já que claramente inexiste CGI em cena. O tipo de filme aonde se presta atenção na história, e não nos efeitos que a envolvem. Genial.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

ATIVIDADE PARANORMAL

(PARANORMAL ACTIVITY)
EUA - 2009
Dir.: Oren Peli


Mikah e Katie juntam os trapinhos e se mudam para uma casa aonde começam a ocorrer estranhos fenômenos. Só que não é casa que é assombrada e sim a moça, que já tivera problemas com fantasmas antes.
O marido então decide comprar uma câmera e deixá-la ligada dia e noite, na tentativa de registrar os fenômenos que ocorrem.
A nova sensação do cinema de terror, que foi filmada em 2007 e só agora chega aos cinemas, é mais um subproduto da "Bruxa de Blair" e de "REC", com os protagonistas filmando e interpretando a si mesmos. O resultado é um filme barato, com basicamente 2 atores, um único cenário, e quase nenhum efeito especial, já que os sustos vem dos velhos bater de portas, sons de passos aonde não há ninguém, objetos que se mexem e por aí vai.
Não é ruim, diretor e elenco se saem bem, embora não convença como se fosse um "reality movie". Algumas das cenas filmadas a noite no quarto do casal realmente assustam. Tem muito blá blá blá também. Outro problema é que o final é quase que descaradamente chupado da "Bruxa..."
Pelo menos é mais honesto que muita coisa por aí.

domingo, 8 de novembro de 2009

VISÕES 2

(GIN GWAI 2/ JIAN GUI 2)
Hong Kong - 2004
Dir.: Oxide Pang Chun / Danny Pang


Joey acabou de tomar um fora do namorado e decide se matar se enchendo de remédios. Mas a tentativa dá errado e ela agora passa a ver fantasmas por todos os lados.
Produção dos Pang Brothers, como eles se autodenominam, que só pega emprestado o nome da produção anterior, pois não há qualquer relação entre os filmes.
A produção, como de hábito, é boa. Os irmãos tem boa técnica e fazem bom uso da música. A história é que foge um pouco do habitual "fantasma vingativo" que infesta o cinema de terror oriental.
Como ponto negativo, a forçada tentativa de suicídio no final. No mais, é um bom exemplo de terror oriental, com fortes toques da filosofia budista. Surpreende que não tenha ganho uma refilmagem by USA.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

MAL + VIOLÊNCIA

(MALEVOLENCE)
EUA - 2004
Dir.: Stevan Mena


Em 1989 Martin Bristol foi raptado por um psicopata que o obrigava a assistir seus crimes e nunca foi encontrado. Dez anos depois quatro ladrões assaltam um banco, e na fuga um deles tem problemas com o carro; rouba o de uma mulher e a leva junto com a filha. O destino é uma casa abandonada aonde ele e o restante da quadrilha vão dividir o roubo. O problema é que a tal casa fica ao lado daquela aonde o psicopata se esconde e nem precisa dizer que eles vão virar o próximo alvo do assassino.
Suspense barato, mas eficiente. Não perde muito tempo apresentando seus personagens, mantém a dúvida sobre o destino do menino sequestrado, tem aquele final típico com direito ao susto final, mas ainda apresenta uma surpresa que mostra que até mesmo nos piores momentos algumas pessoas ainda dão um jeitinho de se dar bem.
Boa pedida para quem não espera um filme revolucionário.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

CONVERSANDO COM OS MORTOS

(SOLSTICE)
EUA - 2008
Dir.: Daniel Myrick


Megan, ainda abalada com o suicídio da irmã gêmea viaja com amigos até a casa de campo da família para comemorar o solstício de verão (o dia mais longo do ano) e recolher as coisas da irmã, que ficaram na casa aonde ela se matara.
Logo ao chegar ela sente uma presença estranha, e começa a observar fatos, como um chaveiro que parece estar sempre próximo a ela, além de sonhos com a irmã morta.
Quando conhecem um morador local que entende de voodoo haitiano, eles fazem uma cerimônia para conversar com os mortos e então todos presenciam algum tipo de manifestação.
Resta saber se o fantasma (idêntico ao dos filmes orientais) é a irmã morta ou algum outro morto querendo se vingar ou precisando de ajuda para encontrar o descanso eterno.
Mirick é o outro diretor da "Bruxa de Blair", e fez um filme lento, sem susto algum, e que só vale pela boa sacada da revelação do mistério que envolve o fantasma. Seu parceiro na Bruxa tem tido melhor sorte.

domingo, 1 de novembro de 2009

A ÓRFÃ

(ORPHAN)
EUA - 2009
Dir.: Jaume Collet-Serra


Casal, pais de 2 crianças, decide adotar uma terceira, de forma a compensar a filha perdida ainda no ventre da mãe. Eles vão até um orfanato aonde se encantam com Esther, de 9 anos, russa, única sobrevivente de um incêndio que matou a família que a adotara antes.
Fora o jeito estranho de se vestir, a forte personalidade e a maturidade, a menina é extremamente inteligente (parece até personagem de novela de Manoel Carlos) e tem habilidades para pintura e música, além de rapidamente aprender a se comunicar através de libras com a filha surda muda do casal.
Logo fica claro para o espectador e para Kate, a mãe, que a menina tem algo de estranho, e somos então apresentados a todo tipo de maldade de que a menina é capaz.
Bom terror, apesar de forçar um pouco a barra na explicação sobre quem é a menina e na ingenuidade dos que a cercam.
Não é o primeiro filme a apresentar crianças do mal, mas com certeza esse se coloca entre os melhores deles. É impossível não sentir raiva da garota, que não se furta a matar com requintes de crueldade, além de aterrorizar seus irmãos.
Tem aqueles sustos fáceis que quase todo terror tem, como personagens que se assustam do nada, ou são surpreendidos por outro personagem que chega por trás sem se anunciar, em cenas que não acrescentam nada. Mas o destaque mesmo é a garotinha que interpreta a personagem principal, que consegue ser assustadora e mexer com as emoções do espectador.
A produção é da meio mal afamada Dark Castle, e tem nos seus créditos o nome de Leonardo de Caprio. Como curiosidade, a atriz Vera Farmiga, que interpreta a mãe das crianças, já foi mãe de outra criança encapetada, em "Joshua - O filho do Mal".
Provavelmente, um dos melhores filmes do gênero no ano.

RAÍZES DO MAL

(LIVING HELL)
EUA - 2008
Dir.: Richard Jefferies


Homem que teve as mãos marcadas a faca pela mãe com uma referência a uma base militar 33 anos atrás, descobre que a tal base vai ser desativada. Decidido a impedir que alguma coisa que estaria escondida nos subterrâneos seja libertada, ele viaja até a base, mas não consegue impedir que uma estranha forma de vida escape e comece a absorver tudo a sua volta.
O tal organismo (o filme tem o título alternativo de "Organizm") é todo feito em CGI numa produção muito pobre de idéias.
Totalmente dispensável.