quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A SÉTIMA LUA

(SEVENTH MOON)
EUA - 2008
Dir.: Eduardo Sánchez

Casal vai a China visitar a família dele, que é chinês. Eles tomam um táxi até a cidade aonde a família mora e no caminho o taxista admite estar perdido, para à noite em um povoado para pedir informações e desaparece.
O casal vai atrás dele e encontra um povoado deserto, com pessoas murmurando alguma coisa por trás das portas e janelas trancadas, além de animais presos como se fossem oferendas para algum deus. Eles não encontram o motorista e ao voltarem ao carro encontram esse coberto de sangue. Decididos a sair dali, eles seguem pela estrada e, depois de quase atropelarem alguma coisa, encontram um homem ferido que pede socorro e diz estar sendo perseguido por "demônios da lua". Eles ajudam o homem, mas são atacados e tem que fugir a pé com alguma coisa em seus calcanhares até outro povoado aonde vão descobrir o que são os misteriosos seres que os perseguem.
Bom terror passado na China. O tipo do filme barato, sem grandes efeitos e quase nenhum sangue. Os tais seres lembram um pouco aqueles do "Abismo do Medo" e a direção é do codiretor da "Bruxa de Blair", que repete o maneirismo de as vezes usar a câmera uma câmera de mão, com direito a inúmeras sacudidas nas fugas dos protagonistas.
Vale a vista.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

CONTOS DO DIA DAS BRUXAS

(TRICK 'R TREAT)
EUA - 2008
Dir.: Michael Dougherty


Terror aonde 4 histórias acontecem paralelamente, sem terem nada a ver umas com as outras, na noite de Haloween, no estilo do clássico Creepshow: 4 crianças e um passeio até uma pedreira aonde um ônibus com 8 crianças doentes mentais teria caído em um lago; um velhinho ranzinza que não gosta da festa de dia das bruxas; um pai doido pra se livrar do filho gordinho e algumas amigas que fazem de tudo para que a primeira vez de uma delas seja legal (essa parte conta com Anna Paquin mais uma vez as voltas com vampiros como em True Blood). Ainda tem um casal cuja função é apenas ter a mulher assassinada e comprovar que não se deve desrespeitar as tradições da data.
Boa produção de Bryan Singer em um filme absolutamente desinteressante. A historinha envolvendo as crianças é a única que despertaria algum interesse, mas logo fica óbvio o que vai acontecer. A figura da capa aparece em todos os episódios, mas participa apenas da parte do velhinho. Uma bobagem.

domingo, 25 de outubro de 2009

ESPINHOS

(SPLINTER)
EUA - 2008
Dir.: Toby Wilkins


Casal que fora passar o fim de semana acampando pára para ajudar uma moça, mas é rendido pelo namorado dessa, um bandido em fuga.
Durante a viagem eles atropelam alguma coisa que fura o pneu do carro com alguma espécie de espinho, além do dedo do tal bandido durante a troca do pneu. Eles seguem até um posto de gasolina, aonde são atacados por alguém que foi contaminado pela tal coisa, na verdade uma espécie de fungo que se desenvolve na forma de espinhos, rasga a carne e usa seu hospedeiro como meio de se propagar e se alimentar. Presos no posto, eles agora tem que lutar contra o desconhecido inimigo e tentar fugir dali.
Elenco e diretor desconhecidos, filmado em praticamente um único cenário, é rápido, curto, barato e eficiente. Tem menos gore do que aparenta, mas mantém o interesse a todo momento. É impossível não se lembrar de "O Nevoeiro", "A Cabana do Inferno" e o "Enigma do Outro Mundo", mas não é plágio. Ótima pedida.

QUEM MATOU ROSEMARY?

(THE PROWLER)
EUA - 1981
Dir.: Joseph Zito



O filme começa no fim da Segunda Guerra, quando os soldados estão retornando para casa e, durante um baile de formatura, um casal (a parte feminina é a Rosemary do título) que estava dando uns amassos num local ermo é assassinado por um maníaco vestido de soldado numa cena que remete a inúmeras já vistas no gênero: o casal morre junto, transpassado por uma daquelas ferramentas usadas em fazenda, e o assassino ainda deixa uma rosa vermelha nas mãos da moça, em referência a seu nome.
Corta para 1980, quando depois de 35 anos sem realizar o tal baile de formatura por ordem do pai da moça assassinada, um major do exército, os jovens da cidade decidem reeditar o evento.
Obviamente alguém vestido de soldado vai atacar os formandos.
Vendo assim, parece uma reedição do "Dia dos Namorados Macabro", realizado no mesmo ano, e apesar do diretor não ter feito nada que preste, tem seus méritos; além do trabalho de Tom Savini na maquiagem e Farley Granger, que trabalhou com Hitchcock em "Pacto Sinistro".
É um dos mais clássicos slashers das décadas 70/80; tenso, com direito a muito sangue e mortes cruéis em on, que incluem uma cabeça explodindo. Tem também aquele clichê velho que só do personagem que alerta os demais sobre a maldição; tem personagens que simplesmente desaparecem sem explicação e o tradicional susto final, depois do assassino já despachado. Não demora e alguém vai refilmá-lo com referência a Guerra do Golfo ao invés da Segunda Guerra.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

PALHAÇOS ASSASSINOS

(CLOWNHOUSE)
EUA - 1989
Dir.: Victor Salva


Três irmãos adolescentes são deixados em casa sozinhos por uma noite (um deles é Sam Rockwell, do clássico indie "Lawn Dogs"), e resolvem ir a um circo próximo, sendo que o mais novo tem um medo quase patológico de palhaços, pois o mais velho deles está afim de dar uns beijos numa colega de escola.
Paralelamente a isso, três loucos fogem de um sanatório próximo revoltados por não poderem ir ao circo. Obviamente eles matam os verdadeiros palhaços e vão parar por acaso na casa dos três moleques.
Terror que começa com um ar meio homoerótico e meio pedófilo também, já que os garotos passam uns minutos de cuecas ou sem camisa.
(O filme é dirigido por Victor Salva, diretor de "Olhos Famintos" , aonde o monstro vilão preferia cheirar as cuecas da vítima, enquanto ignorava a irmã desse.)
Direção cuidadosa, mortes em off, pouquíssimo sangue e uma cena de razoável tensão envolvendo os palhaços e os assassinos em uma barraca de circo. Mediano.

O QUARTO DO BEBÊ


(LA HABITACIÓN DEL NIÑO)
Espanha - 2006 (TV)
Dir.: Álex De La Iglesia


Juan e Sonia acabaram de se mudar com o filho recém nascido para uma nova casa; na verdade um casarão precisando de reparos. Logo na primeira noite eles se assustam com os sons captados pela babá eletrônica colocada no quarto do bebê. Eles desconfiam que alguém entrou na casa, mas concluem ser algum defeito do aparelho. Insatisfeito, Juan compra um aparelho mais sofisticado, que inclui uma câmera de vídeo e na noite seguinte o susto é ainda maior: ele vê pelo monitor um vulto ao lado do berço do filho. A polícia é chamada, mas nada descobre.
A partir daí Juan desenvolve uma obsessão por descobrir o que era a tal figura, visto ele agora crer se tratar de um fantasma. Desiludida e assustada com o marido, Sonia sai de casa com o filho, enquanto cada vez mais Juan se envolve no mistério, principalmente depois de suspeitar que uma vizinha idosa saberia de algo.
Episódio do Películas Para No Dormir que é disparado o melhor da série. Iglesia é especialista nesse tipo de filme. A aparição do vulto no monitor de vídeo (que remete diretamente ao melhor do terror oriental) é assustadora pois a câmera infravermelha causa aquele efeito que se vê em filmagens com a luz apagada no Big Brother e no filme REC, aonde os olhos ganham uma cor estranha e ficam realçados. O fim é ótimo também. Com Leonor Watling, de "Fale Com Ela".

domingo, 18 de outubro de 2009

INSANIDADE

(SÍLENÍ)
Rep. Tcheca - 2005
Dir.: Jan Svankmajer


Jean está vindo do enterro da mãe, que morreu em um sanatório, quando surta em um quarto de hotel. É então levado por um homem que se apresenta como Marquês para a casa deste. O tal Marquês deixa seu hóspede chocado com suas atitudes anticristãs, que incluem uma orgia em frente a uma imagem de Cristo. Além disso, o tal Marquês é cataléptico e obcecado com a idéia de que lhe aconteça o que aconteceu a sua mãe, que fora enterrada viva durante um ataque de catalepsia.
Jean é então convencido pelo Marquês a se internar em um sanatório próximo, de forma a vivenciar o que sua mãe viveu, e dessa forma se curar. Só que o tal hospício é uma verdadeira casa da Mãe Joana, aonde esses fazem o que querem assim como os médicos. Ele então descobre por uma enfermeira que os verdadeiros médicos e enfermeiros foram feitos prisioneiros, e o sanatório é agora controlado pelos loucos. Apaixonado pela única enfermeira deixada livre, ele resolve lutar contra a situação vigente.
Mais uma loucura de Svankmajer baseada em dois contos de Edgar Allan Poe e no Marquês de Sade que intercala atores com imagens (algo sem sentido) de stop motion envolvendo carne, nas mais absurdas e surreais situações. Sinceramente? É incompreensível o que a carne representa no filme.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O CASTELO MALDITO

(CASTLE FREAK)
EUA - 1995
Dir.: Stuart Gordon


Duquesa italiana morre e deixa como herança para uma família americana, que nem sabia de sua existência, o título, o castelo, e o filho deformado e violento (a meiga figura da capa do DVD aí ao lado) que vive trancafiado nos porões do castelo.
Terror de Stuart Gordon, baseado em Lovecraft, diretor de Re-Animator e Dagon, entre outros, que é apenas correto. Tem bons cenários, algumas mortes violentas e sangue. Como atrativo, tem Jeffrey Combs, o eterno cientista louco de Re-Animator. Razoável, vale para passar o tempo.

sábado, 10 de outubro de 2009

AMIGO IMAGINÁRIO

(ADIVINA QUIÉN SOY)
Espanha - 2006 (TV)
Dir.: Enrique Urbizu


Menina solitária que vive com a mãe, que esconde um segredo do passado, é apaixonada por filmes de terror e afirma interagir com os monstros desses filmes. Numa dessas ela acaba se tornando amiga de ninguém menos que Leatherface (ele mesmo, de Massacre da Serra Elétrica); outro desses 'amigos' ela chama de 'Vampiro', devido ao seu visual meio sombrio. Até que um dia ela vai precisar de um desses 'amigos' para livrar a si e a mãe de uma situação de risco.
Mais um do 'Películas Para No Dormir', que se vale de um personagem consagrado nos filmes de terror (embora não cite o nome, é Leatherface devido ao visual característico e a serra elétrica) e que dá um sono...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

OTESÁNEK

(OTESÁNEK)
República Tcheca - 2000
Dir.: Jan Svankmajer


Casal não consegue engravidar e o marido presenteia a mulher com uma raíz em forma de bebê que ele escavara do quintal de uma casa de campo aonde eles foram passar o fim de semana. A mulher adota a raíz como se realmente fosse uma criança, com direito a talco, fraldas, mamadeira, etc.
O problema é que a "criança" cresce e desenvolve um estranho apetite por carne: começa comendo o gato do casal até passar para o carteiro e depois os vizinhos. Assustado, o casal decide trancar a "criança" no porão, mas uma espertíssima menina vizinha (que vive as voltas com um vizinho velhinho e pedófilo) identifica na "criança" a lenda de Otesánek, e passa a alimentá-lo às escondidas, com medo do destino que a lenda reserva à criatura.
Longa de Svankmajer, baseada no folclore tcheco. É uma mistura de terror, humor negro, fantasia e surrealismo com a habitual mistura de personagens de carne e osso animação em 'stop motion', na qual o diretor é mestre. Tivesse uns 20 minutos a menos ganharia mais ritmo e talvez alcançasse um público maior.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

VIAGEM AO SÉTIMO PLANETA

(JOURNEY TO THE SEVENTH PLANET)
Dinamarca / EUA - 1962
Dir.: Sidney W. Pink


O ano é 2001 e um grupo de astronautas viaja ao planeta Urano com o objetivo de explorá-lo, mesmo sabendo da impossibilidade da existência de vida. Ao chegarem sofrem uma espécie de apagão e quando aterrissam descobrem uma paisagem surpreendente, que logo descobrem ser uma ilusão gerada por uma espécie de vida inteligente existente no planeta. Tal paisagem, além de árvores, rios e celeiros, inclui também algumas loiras que os astronautas conheceram na Terra (alguém falou em Solaris?)
Eles então descobrem que para sair de Solaris, digo, Urano, vão precisar descobrir uma forma de destruir o estranho (e põe estranho nisso) ser que domina o planeta.
Produção dinamarquesa que é o único, até agora, filme a se passar em Urano. É visivelmente inspirado em Solaris: a cena das árvores sem raízes é claramente uma referência ao livro de Stanislaw Lem (neste os visitantes eram imperfeitos: suas roupas não tinham casas para os botões).
Mas é divertidíssimo; curto; tem ritmo; e as roupas dos astronautas devem ter sido desenhadas por algum torcedor do Madureira, pois tem as cores da bandeira do Tricolor Suburbano do Rio. Além disso, tem uma aranha gigante e um bicho muito estranho que perseguem os heróis em meio a isopor ralado fingindo ser amônia congelada.
Imperdível.