domingo, 30 de agosto de 2009

DEAD SNOW

(DOD SNO)
Noruega - 2009
Dir.: Tommy Wirkola


Terrir. Oito estudantes decidem passar o fim de semana esquiando em alguma região isolada da Noruega. Durante a noite surge um homem e lhes diz que eles não deveriam ficar ali, pois a região é assombrada pelos fantasmas de um batalhão de soldados nazistas, que após roubarem as jóias dos moradores do local foram massacrados por esses.
Obviamente eles não levam a história a sério até serem atacados pelos tais soldados, agora zumbis assassinos à procura do tesouro roubado dos moradores.
Afamada produção norueguesa que começa bem, tenso, com boa fotografia e uma ótima sequência passada em uma barraca à noite no meio do nada. Depois descamba pra correria, com zumbis à la Zack Snyder em "Madrugada dos Mortos", além de citações diretas a "Evil Dead" e "Fome Animal".
Tem muito, muito gore, sangue e tripas, em meio a momentos que tentam fazer alguma graça. Só não dá pra entender como um tesouro que estava em local tão acessível levou mais de 60 anos para ser encontrado e porque ninguém ligou pedindo socorro logo, visto que só o serviço de emergência do celular funcionava no lugar.
Indicado pra quem curte terror que não se leva a sério e bons efeitos especiais.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

BLOOD SUCKING FREAKS

(BLOOD SUCKING FREAKS)
EUA - 1976
Dir.: Joel M. Reed


Um tal Mestre Sardu e seu assistente, um anão, raptam mulheres para promoverem toda sorte de tortura e barbaridade em um espetáculo teatral. No auge da loucura eles sequestram um crítico teatral que esculachara o tal espetáculo, e uma dançarina para participarem de uma apresentação de uma nova peça. A dançarina e o crítico são levados para um porão imundo, aonde assistem e participam de sessões de tortura, que incluem um médico pervertido e uma gaiola de mulheres nuas tratadas como animais. Tem também singelas cenas de uma moça usada como mesa e cadeira, além de servir de alvo para dardos.
Bizarra, tosca, absurda produção que tem por objetivo saciar os sádicos de plantão. As feministas da época ficaram obviamente revoltadas, visto o filme ter um alto viés misógino, e acabaram ratificando o que diz o tal crítico torturado no filme: elogiar ou criticar tal obra só serve para promovê-la e despertar o interesse das pessoas em assistí-la.
Ah sim, o tal Sardu também é chegado a levar uns catiripapos. Desnecessário dizer que produção, direção e atuações ficam no limiar do amadorístico.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

SILK - O PRIMEIRO ESPÍRITO CAPTURADO

(GUISI)
Tawain - 2006
Dir.: Chao Bin-su


Cientista desenvolve experimento capaz de aprisionar espíritos, e o primeiro a ser capturado é o de um menino. Como ele e sua equipe não conseguem entender o que o menino fala, é convocado um policial especialista em leitura labial, que decide investigar quem é e qual a causa da morte do garoto.
Mais um terror oriental sobre, adivinhem? Espíritos vingativos; aqui misturando sobrenatural e ciência. Tem todos aqueles elementos característicos dos filmes orientais: boa produção, efeitos eficientes, boa direção e atuações, bom ritmo, e um fantasma que tem a aparência da:
a) Vanessa da Matta;
b) Sinead O'Connor;
c) a eterna mulher de cabelos negros e lisos que assusta os fãs de filmes de terror orientais.
Tem também algumas cenas incômodas como 2 suicídios, sendo um infantil, e uma autópsia. Só faltou alguma originalidade nas mortes, visto essas serem praticamente uma xerox da forma que ocorriam no "O Chamado".

domingo, 23 de agosto de 2009

EDEN LOG

(EDEN LOG)
França - 2007
Dir.: Franck Vestiel


Homem acorda em uma caverna escura, coberto de lama, e depois de encontrar uma lanterna começa a procurar uma saída, sem se lembrar de como fora parar ali. O que ele descobre aos poucos é que aquele lugar, chamado Eden Log, é um mundo subterrâneo, para onde são mandados os imigrantes e que ali se cultiva uma espécie de planta cujo sumo vai pouco a pouco transformando os homens em mutantes, e que uma rebelião tivera início contra a tirania dos dominantes.
É difícil descrever esse aqui. O ritmo é lento, quase nada fica claro (literalmente também falando, visto a fotografia escura), e existe alguma espécie de parábola ou metáfora por trás de tudo (em determinado momento alguém explica que a planta é o lucro, e subentende-se que quanto mais esse aumenta, piores as condições dos trabalhadores).
O tipo do filme que deveria vir com um manual. Alguns minutos a menos também ajudariam, visto em determinados momentos as situações se repetirem. De legal a forma como alguns fatos são explicados, projetando imagens em diversas superfícies, e a cenografia do lugar.
De um modo geral, também parece uma versão mais suja e experimental de "THX1138" de George Lucas.

sábado, 22 de agosto de 2009

A CULPA

(LA CULPA)
Espanha - 2006 (TV)
Dir.: Narciso Ibáñez Serrador



Gloria aceita o convite de Ana, médica do mesmo hospital em que trabalha, para se mudar para sua casa com sua filha pequena, Vicky, e ajudá-la no atendimento as pacientes que ela atende em um consultório que mantém em casa.
O que Gloria não sabia é que Ana é lésbica, e a partir da mudança ela tem que se livrar do assédio da outra. Ela também não sabe que Ana realiza abortos clandestinos em casa. A coisa começa a complicar quando Gloria engravida de um pretendente e decide deixar Ana fazer o aborto. Enquanto Ana ajuda Gloria a ir para o quarto, o feto desaparece e então fatos estranhos começam a acontecer, culminando com o assassinato de uma paciente.
Um dos filmes do projeto "Películas Para No Dormir" da televisão espanhola, esse aqui tem alguns problemas: de início parece seguir uma linha “Atração Fatal” para lésbicas, idéia que é abandonada; depois fica entre o suspense se há algo sobrenatural na casa, como um feto assassino ou se Vicky está envolvida nos fatos misteriosos, ou se a vizinha beata é a psicopata; além da falta de ritmo. Se o espectador agüentar até os minutos finais (o filme tem 71 minutos) vai entender que o próprio título entrega parte do mistério. Em meio a isso, muitas pistas falsas que apenas servem pra passar o tempo. Essa deveria ter o título de “película para dormir“, porque dá um sono... Ainda que atuações e produção sejam legais, não consegue manter muito o interesse.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

PRESOS NO GELO II

(FRITT VILT II)
Noruega - 2008
Dir.: Mats Stenberg


Jason norueguês.
Continuação direta do filme de 2006, começa com o encontro da sobrevivente do massacre do filme anterior que é levada para um hospital para onde também são levados os corpos de seus amigos e do psicopata.
Até aí fica a dúvida se estamos diante de uma espécie de Jason, ou se o assassino é outro. Mas o cara logo levanta da mesa de autópsia (antes dessa, lógico), pega sua picareta e sai a cata de vítimas pelos corredores do hospital, até voltar para seu Cristal Lake particular.
Não tem um décimo do charme do anterior. Aqui logo fica claro quem morre, e não há suspense algum, só aquelas tentativas corriqueiras de dar sustos nos personagens e de quebra no espectador. Além disso, o assassino que antes quase não aparecia, aqui mostra a cara (modo dizer, pois ele está sempre de máscara) a todo momento, o que diminui muito a carga dramática em comparação ao primeiro.
Tão banal, que chega a dar sono.

A CASA DA NOITE ETERNA

(THE LEGEND OF THE HELL HOUSE)
Inglaterra - 1973
Dir.: John Hough


A casa do espanto.
Grupo de 4 pessoas, formado por um físico, sua esposa e dois paranormais se metem em uma casa considerada o Everest das casas mal assombradas, dispostos a "limpar" a casa de supostos espíritos ou da energia acumulada (segundo o físico) em troca de 100.000 Libras oferecidas a cada um por um milionário.
O problema é que a casa é realmente assombrada, e um dos paranormais é sobrevivente de uma expedição anterior, que resultou na morte de 8 pessoas. Logo eles se defrontam com manifestações que incluem ataques e ameaças físicas ao grupo, além de uma bizarra experiência sexual com um fantasma.
Mais um filme baseado no livro "Hell House", de Richard Matheson, que inclui o horrendo "A Casa Amaldiçoada" de Jan de Bont. Esse não faz feio; tem bom ritmo, tensão e clima, que a fotografia e a iluminação ajudam a manter. Obviamente não tem grandes efeitos, melhor dizendo, quase nenhum; e nem precisa. O tipo do filme que quase não se faz mais hoje em dia, com a honrosa exceção de "Os Outros".

domingo, 2 de agosto de 2009

ALUCARDA - A FILHA DAS TREVAS

(ALUCARDA - LA HIJA DE LAS TINIEBLAS)
México - 1978
Dir.: Juan López Monctezuma


Justine chega a um orfanato mantido por feiras e passa a dividir o quarto com Alucarda, órfã de pai e mãe. Logo elas desenvolvem intensa amizade, e durante um passeio no campo conhecem um sinistro cigano corcunda que posteriormente as leva a participar de um ritual satânico, que inclui a participação de uma figura que remete ao demônio clássico consagrado pelo catolicismo: um ser meio homem, meio bode; seguido de uma orgia.
Durante uma missa, Justine e Alucarda sofrem uma manifestação demoníaca que espalha o pânico entre as freiras que então convocam um padre que concluí ser necessário um exorcismo.
É esse exorcismo que provoca a morte de Justine (numa sequência de tortura angustiante), e do qual Alucarda se livra com a chegada do médico do vilarejo próximo que a leva para casa, aonde ela também vai tentar cooptar a filha cega deste. Em meio a isso, uma freira morre queimada e volta a vida qual um zumbi, tendo a cabeça decepada em cena muito semelhante as dos filmes de mortos vivos então em voga, o que acaba convencendo o médico de que de fato há algo de errado no convento. O corpo de Justine desaparece e é depois encontrado, com vida, dentro de um caixão em umas ruínas próximas e causa mais uma sangrenta morte.
O clímax do filme se dá no convento, para onde Alucarda volta para se esconder.
Esse aqui virou clássico e hoje é objeto de culto, embora tenha sido ignorado à época do lançamento. Tem todos os elementos de explotation: nudez, lesbianismo, violência, tortura e mulheres nuas sendo chicoteadas, mas é muito mais do que isso.
É uma produção barata que se vale de cenários absolutamente sinistros muito bem utilizados; ótima direção; um ritmo ágil; personagens intrigantes. Basta ler o nome da protagonista de trás pra frente e se tem uma idéia do que se trata: é uma versão da famosa vampira Carmilla, dirigida por um mexicano desconhecido do grande público e com produção de Alexander Jodoroviski, famoso pelo cult "El Topo".
Tudo aqui é ótimo, e são inúmeros os momentos dignos de registro: a roupa das freiras que as torna quase múmias, e que tem o objetivo de demonstrar opressão em que vivem; os cenários; a cena do surgimento de Alucarda no quarto; o ritual no quarto do convento com o cigano; a sequência do corpo de justine dentro de um caixão cheio de sangue e a reação dessa, semelhante a um gato, atacando outra freira; e a sequência final, chamada 'delírio de fogo', aonde Alucarda ganha ares de 'Carrie - A Estranha'. Uma demonstração de que se pode fazer bom cinema com poucos recursos.